Blockchain: Como ele pode ajudar a melhorar os processos de importação?

Columbia Trading • 8 de janeiro de 2020

A tecnologia por trás da famosa criptomoeda gera dúvidas e divide opiniões. Afinal qual a segurança disso?


Sem nenhum órgão ou empresa sólida por trás, ela não pode sumir do nada? `A quem recorrer se eu for roubado?


Como funciona? 


O Blockchain veio para revolucionar as transações de informações, as tornando mais seguras. Pois diferente do dinheiro, você consegue seguir todo o rastro das informações e evitar dualidade, já que um e-mail registrado na tecnologia, não poder ser copiado: Ele é único.


Como um livro público e digital, é uma tecnologia de registro distribuído, descentralizando as informações, onde são registradas nesse índice global e distribuída para todos que possuem aquele “banco de dados”.


Conforme novas informações são adicionadas, esse bloco cresce. Onde os dados nunca são deletados ou substituídos, sempre adicionados de forma cronológica e linear.


Cada computador que está vinculado a rede onde hospeda o blockchain tem a “obrigação” de atualizar, validar e repassar a informação. No caso da criptomoeda, ele guarda as chaves dos proprietários, os saldos e as respectivas transações.


Mas qual sua importância para o nosso mercado de Comércio Exterior?


Olhando para o mercado de importação e exportação, o Blockchain pode ser usado nas transações para:


– Registro das faturas comerciais sem a necessidade de assinatura;


– Reconhecimento de firmas;


– Controle de procedência da mercadoria desde o início da produção até a sua venda e entrega;


– Envio de pagamentos sem a burocracia bancária tradicional (contrato de câmbio, swift, etc);


– Compartilhamento de informações sobre o processo logístico, onde todos os envolvidos com acesso podem


atualizar e consultar os dados de seus interesses.


Cases de Sucesso


Em 2018, uma carga de soja vinda dos Estados Unidos para China, tornou-se o 1º carregamento agrícola totalmente realizado via Blockchain.


De acordo com Robert Serpollet, chefe global de operações comerciais da Louis Dreyfus: “Percebemos ganhos de eficiência muito significativos… muito além do que esperávamos”. O tempo gasto no processamento de documentos e dados foi reduzido em cinco vezes (fonte: Reuters).


Outro case, envolve a Belagrícola, grupo paranaense forte na comercialização de grãos onde, guiada pela IBM ( uma das companhias à frente de vários projetos piloto no País), aplica a tecnologia como forma do comprador ter acesso ao histórico da commodity. Ou seja: de onde veio, quais foram os tratos culturais aplicados, qual é a qualidade do grão, quando foi recebido, onde foi armazenado, etc.


O primeiro teste foi feito na segunda safra 2016/2017, na unidade de Ribeirão do Sul (SP), que recebeu 650 mil toneladas de milho. “A disseminação para as demais unidades ainda não se mostrou viável economicamente, porque elas têm características distintas entre si em relação à automação”, diz Rebeca Lins, diretora de pessoas e tecnologia da Belagrícola (fonte: Estadão).


Mas nem tudo são flores!


A IBM e Maersk por exemplo, criaram uma joint venture para desenvolver uma solução para logística internacional pautada em blockchain. Essa plataforma tem como objetivo alimentar toda a cadeia até o término da logística internacional, trazendo economia projetada na casa de bilhões de dólares.


Entretanto, o avanço desses audaciosos projetos acaba não sendo tão claros quanto a técnica em si. Essas tecnologias esbarram nas legislações locais dos diversos países e também nos acordos internacionais das nações soberanas. Seria dizer que as empresas passariam a bastar por si só, sem a necessidade de um Estado para lhes garantir proteção.


Alguns países têm se manifestado positivamente e até mesmo incentivado o uso do blockchain nas transações de relações internacionais, como a Austrália e os Emirados Árabes.


Por enquanto, o Brasil tem demonstrado pouco avanço no tema quando aplicado ao Comércio Exterior e dificilmente haverá mudanças rapidamente.


Em suma, essa tecnologia veio para agregar e as empresas que utilizarem a tecnologia Blockchain, estarão comprovável vantagem competitiva.

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Esse status requer investimento em compliance e sistemas de controle, mas proporciona vantagens competitivas sustentáveis. Inovações Tecnológicas e Sustentabilidade na Distribuição A digitalização dos processos de comércio exterior tem revolucionado a distribuição de lingotes metálicos. Plataformas de trading online permitem maior transparência de preços e facilidades para fechamento de contratos internacionais. Sistemas de rastreamento via blockchain garantem autenticidade e origem sustentável dos materiais. A crescente demanda por metais de origem sustentável tem influenciado as cadeias de suprimento globais. Certificações ambientais e práticas de mineração responsável tornaram-se diferenciais competitivos no mercado internacional. Empresas que conseguem garantir fornecimento de lingotes com certificação ambiental acessam mercados premium. Tecnologias de análise de dados e inteligência artificial estão sendo implementadas para otimização de rotas logísticas e previsão de demanda. Essas ferramentas permitem redução de custos operacionais e melhor planejamento financeiro para operações de longo prazo. Oportunidades em Mercados Emergentes Mercados emergentes apresentam oportunidades excepcionais para distribuição de lingotes destinados à produção de fios e cabos. O crescimento da infraestrutura de telecomunicações e energia elétrica nesses países impulsiona a demanda por matérias-primas metálicas de qualidade. A expansão das redes 5G e projetos de energia renovável criam nichos específicos de demanda por cabos especializados. Lingotes com especificações técnicas diferenciadas para essas aplicações comandam preços premium no mercado internacional. A estratégia de diversificação geográfica de fornecedores é fundamental para mitigar riscos de interrupção de suprimentos. Empresas que desenvolvem relacionamentos comerciais em múltiplas regiões conseguem maior estabilidade operacional e acesso a melhores condições comerciais. 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