A Transformação Digital chega ao Comércio Exterior

Columbia Trading • 26 de setembro de 2019

No dia 11 de setembro, no CIESP Campinas, a ECOMEX-NSI e a Columbia Trading reuniram profissionais ligados ao comércio exterior para falar sobre Transformação Digital no Comex. 


A ideia desse evento surgiu da parceria entre a Columbia Trading e a ECOMEX-NSI, inicialmente para a implantação do ECOMEX na empresa, dando assim os primeiros passos para a sua Transformação Digital e, posteriormente, com a iniciativa da Columbia Trading de fundar a primeira aceleradora de startups do comércio exterior, a Aceleradora 4Comex. A iniciativa tem como parceira master de tecnologia a ECOMEX-NSI e visa fomentar a inovação no setor.


O evento contou com a presença de 150 representantes do comércio exterior e 5 painelistas com diferentes conhecimentos, porém um único objetivo: dar destaque para a cultura de inovação, indispensável para que as empresas passem a integrar a Indústria 4.0 e ter a transformação digital como sua aliada.



A estrutura do painel, assim como a iniciativa de falar sobre transformação digital em comércio exterior, foi inovadora. Inicialmente cada um dos convidados pode apresentar individualmente a sua visão e experiência em relação ao tema. 


Os participantes foram então convidados a conversarem sobre seus maiores insights e coletivamente elaboraram perguntas que depois foram respondidas na segunda etapa do painel, conduzido pela mediadora Juliana Feitosa – gestora operacional da Aceleradora 4Comex.


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                “Não existe fórmula mágica, é necessário entender o contexto interno para a estruturação de projetos que impulsionem a companhia à nova era.” – destacou Fabio Munakata da LEAP-KPMG.


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Com a visão de um gestor que está na trincheira da transformação digital, Daniel Barreto, head comercial e de inovação da Columbia Trading, explicou que o primeiro passo é criar um ambiente que permita o erro e que envolve os colaboradores, deixando clara a diferença entre inovação e transformação digital. “A transformação digital é uma revisita aos modelos de negócio sob o prisma das tecnologias digitais, explorando oportunidades ainda inexploradas nas empresas.” – afirmou Daniel


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Exemplos reais de quem está vivendo a Transformação Digital no seu dia a dia são muito importantes para inspirar as lideranças. Fabiano Coelho, da Receita Federal, líder da Unidade de Viracopos, apresentou os projetos que a Receita Federal tem implementado ao longo dos anos para entrar na “primeira fase” da Transformação Digital. Destacou que esses tipos de projetos precisam ser apoiados diretamente pela liderança e essa necessita de resiliência para obter os resultados esperados. “A empatia com os colaboradores impactados é fundamental. Por exemplo: se a pessoa não está fazendo da maneira que era prevista inicialmente, o líder deve entender realmente o porquê antes de pressioná-lo a executar da nova maneira.” – disse Fabiano


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Vidal Melo, da USP, pesquisador de inteligência artificial, trouxe dois termos essenciais para o contexto da Transformação Digital e, principalmente, inovação: integração e colaboração. Agora, mais do que nunca, as empresas precisam gerenciar uma gigantesca quantidade de informação e apenas a partir de áreas e parceiros integrados será possível gerar constantemente o valor agregado desejado ao cliente final. 


Enquanto que a colaboração torna-se essencial pela difusão de conhecimento. As empresas que estabelecerem parcerias-chave, ao invés de buscarem apenas a internalização, estarão mais hábeis para avançar e inovar.


O último painelista a se apresentar, Ednei França arquiteto-chefe de soluções, da ECOMEX-NSI, falou sobre a importância de diversificar o portfólio de inovações das empresas, pois é muito difícil diferenciar um grande sucesso que irá gerar disrupção, uma ideia promissora, mas que será apenas um incremento no cenário atual e um fracasso eminente, nos estágios iniciais de desenvolvimento de uma nova ideia. Testar a ideia na prática é o único caminho.


Esse importante debate trouxe luz para algumas reflexões importantes: não existe ferramenta única, que “faça tudo”, e permita a empresa se considerar “Transformada Digitalmente”; o foco deve estar nas pessoas e não apenas na tecnologia, pois as habilidades exclusivamente humanas serão cada vez mais valorizadas com a aplicação de ferramentas que automatizarão as atividades de menor valor agregado. Por fim, a sua empresa não precisa trilhar essa jornada sozinha, a Transformação Digital e a inovação se beneficiam muito da colaboração e do compartilhamento.

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No contexto do comércio exterior, esses materiais representam commodities de alta liquidez e demanda constante, especialmente em mercados emergentes com expansão de infraestrutura. A cadeia de suprimentos global desses metais é complexa e envolve produtores primários, refinarias, distribuidores e fabricantes finais. O Brasil, por exemplo, possui significativa produção de alumínio, mas depende da importação de cobre para atender sua demanda industrial. Essa dinâmica cria oportunidades estratégicas para empresas especializadas em comércio internacional. A volatilidade dos preços internacionais desses metais torna o planejamento financeiro crucial para operações de importação e exportação. Empresas que implementam estratégias de hedge cambial e contratos de fornecimento de longo prazo conseguem mitigar riscos e garantir margens competitivas. 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